Tecnologia inovadora para geradores transforma oscilações de temperatura em eletricidade

As máquinas térmicas funcionam a base do calor transformado em energia, podendo ser utilizado para produção, obedecendo às leis da termodinâmica.

A primeira máquina à vapor foi a Eolípila, criada no século I por Heron de Alexandria. Em 1712, Thomas Newcomen projetou uma máquina que poderia ser utilizada dentro de minas de carvão, movida a vapor, e que tinha um custo de capital baixo. James Watt, então, aperfeiçoou o motor de Newcomen após perceber uma falha no mesmo: ele levava muito tempo para aquecer tanto o vapor quanto o combustível porque os dois ficavam em um único cilindro. Watt desenvolveu, então, um segundo cilindro, obtendo o modelo de máquina abaixo:

O processo de vaporizar e condensar a água para o funcionamento de máquinas industriais é um processo fácil, barato e ecologicamente correto, porém exige que haja grandes vasos de pressão feitos de aço para conter a expansão do vapor na medida certa e, também, de permutadores de calor. E isso não torna esse procedimento tão simples e barato como antes.

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, procuraram por uma solução para esse problema, desenvolvendo, então, uma liga metálica multiferrosa que cumpre a mesma função da água vaporizada da máquina de Newcomen e Watt.

De acordo com a classificação científica, os materiais multiferrosos precisam mostrar, pelo menos, duas das três propriedades ferrosas: polarização elétrica, magnetismo e deformação natural. O propósito é manipular e modificar esse estado natural de deformação, criando, assim, uma liga metálica que mude de fase de modo “planejado”. 

O magnetismo é a base do desempenho dessa nova liga metálica e, para essa liga aumentar a temperatura e fazer o papel do vapor da água, basta apenas juntar o material na bobina, para que estimule o aquecimento através do magnetismo.

Além de não precisar do uso de geradores, a liga metálica multiferrosa também dispensa os vasos de pressão e permutadores de calor, os quais encarecem a produção de energia pelas usinas. O que se criou até agora foram apenas protótipos demonstrativos de seu uso, mas os cientistas e pesquisadores creem que essa nova tecnologia possa ser utilizada futuramente.  

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